SANESUL

Policial suspeito de traficar drogas com viatura não foi preso porque está de férias no Paraguai

21 alvos: confira a lista dos pedidos de prisão após investigações da Operação Snow

Por MS da Hora em 27/03/2024 às 09:27:11

Um dos alvos da Operação Snow, deflagrada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado), na manhã desta terça-feira (26), o policial civil, Hugo Cesar Benites, não foi preso durante a ação por estar de férias no Paraguai, segundo informações apuradas pelo Jornal Midiamax.

Hugo entrou para a polícia em 2018. O outro policial civil que seria alvo da ação já foi preso anteriormente depois de ser flagrado transportando drogas para a organização. Foram expedidos 21 mandados de prisão e mandados de busca e apreensão.

Segundo o MPMS (Ministério Público Estadual), a organização era altamente estruturada, com uma rede sofisticada de distribuição, com vários integrantes, entre eles policiais cooptados pela organização. O grupo usava empresas de transporte para lavar o dinheiro. Os policiais faziam o transporte de cocaína em viaturas oficiais, já que não seriam paradas nas rodovias.

A Polícia Civil através da assessoria disse em nota que um procedimento administrativo foi aberto para apurar a conduta/envolvimento dos policiais civis com o grupo criminoso, "Reforçamos o compromisso de não não tolerarmos com desvios de conduta nem qualquer comportamento que comprometa a integridade da instituição e a confiança da sociedade."

A lista dos mandados de prisão conta com empresários, caminhoneiros a homicidas.

Confira a lista

  • Hugo Cesar Benites – policial civil
  • Rodney Gonçalves – empresário com passagens de tráfico de drogas em São Paulo;
  • Jucimar Galvan – empresário preso durante a operação com arma em casa;
  • Adriano Diogo Veríssimo – motorista de caminhão com passagem por violência doméstica;
  • Anderson Cesar dos Santos – auxiliar administrativo com passagem por roubo;
  • Bruno Ascari – motorista de caminhão;
  • Ademar Almeida Ribas;
  • Ademilson Cramolish Palombo — estava envolvido no caso do garagista Alma, desaparecido. Ademilson devia mais de R$ 160 mil a Carlos Reis de Medeiros, que nunca teve o corpo encontrado;
  • Douglas Lima de Oliveira, acusado de matar em outubro de 2022 Cristian Alcides Lima Ramires;
  • Darli Oliveira Santander – empresária;
  • Eric do Nascimento Marques;
  • Fábio Antônio Alves da Silva;
  • Fernando Henrique Souza dos Santos – motorista entregador e passagens por tráfico sendo preso pela Denar em outubro de 2023;
  • Frank Santos de Oliveira – preso com arma em casa durante a operação;
  • Joesley da Rosa – motorista de caminhão
  • Luiz Paulo da Silva;
  • Márcio André Rocha Farias – auxiliar de vendas;
  • Mayk Rodrigo Gama- passagens por furtos de carros em vários bairros da cidade;
  • Natoni Lima de Oliveira;
  • Paulo Cesar Jara Ibarrola;
  • Welington Souza Lima conhecido como "Garganta" com passagens por furtos.

O Jornal Midiamax tentou contato com o policial Hugo Benites e com a defesa dele, mas nenhum advogado constituído pelo investigador foi encontrado. As tentativas de contato foram devidamente registradas e o espaço segue aberto para futuras manifestações.

O espaço também segue aberto para manifestação dos outros 20 alvos da operação. Os nomes foram divulgados pela reportagem por se tratar de documento oficial da investigação do Gaeco.

Operação Snow

A operação foi deflagrada contra um grupo criminoso de tráfico de cocaína que cooptava policiais para a organização que usavam viaturas para fazer o transporte da droga.

Uma das maneiras utilizadas pelo grupo para trazer a droga de Ponta Porã até Campo Grande, de onde saía para outros estados, era o chamado "frete seguro", por meio do qual policiais civis transportavam a cocaína em viatura oficial caracterizada, já que, como regra, não era parada, muito menos fiscalizada por outras unidades de segurança pública.

O grupo transportava a droga oculta em meio a uma carga lícita, o que acabava por dificultar a fiscalização policial nas rodovias, principalmente quando se tratava de material resfriado/congelado, já que o baú do caminhão frigorífico viajava lacrado.

A organização ainda fazia a transferência da propriedade de caminhões entre empresas usadas pelo grupo e os motoristas, para assim chamarem menos a atenção em eventual fiscalização policial. Ainda segundo o Gaeco, foi possível identificar mais duas toneladas de cocaína da organização criminosa, apreendidas em ações policiais.

Fonte: MidiaMax

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