A quarta-feira de Cinzas (5) começou com um protesto de moradores de sitiocas que utilizam a BR-163, em Dourados. O grupo fechou a rodovia na altura do quilômetro 251, em frente à subestação de tratamento da Sanesul, na saída para Caarapó, exigindo melhorias na segurança viária.
O local é conhecido pelo alto índice de acidentes, incluindo o mais recente, ocorrido na noite de domingo (2). Uma colisão entre uma caminhonete Ford Ranger e uma Kombi resultou na morte de um menino de nove anos e deixou outra criança, de seis, em estado gravíssimo. O motorista da Kombi, a mãe da criança falecida e uma adolescente também ficaram feridos.
Segundo Diego Alves, representante das comunidades envolvidas, os moradores pedem sinalização e melhorias de acesso às sitiocas Campo Belo, Ouro Fino e Alvorada. "Não estamos pedindo nada demais, apenas redutores de velocidade e mais segurança para quem transita na rodovia", afirmou.
Alves também criticou a administração da rodovia. "Temos um menino morto e outra criança lutando pela vida porque nessa rodovia falta segurança, não existe sinalização adequada. A concessionária [CCR MSVia] precisa tomar providências", disse.
Moradores de bairros vizinhos também participaram do protesto, reforçando a mobilização. "Não vamos sair daqui sem uma solução, não queremos promessa", afirmou Alves.
A manifestação durou cerca de duas horas, causando um congestionamento de aproximadamente 10 quilômetros no sentido Caarapó-Dourados. Até o momento, apenas a Polícia Rodoviária Federal (PRF) esteve no local. A CCR MSVia informou que não poderia enviar um representante.
Os moradores decidiram aguardar uma reunião agendada para quinta-feira (6) na Delegacia da Polícia Federal em Dourados, onde esperam obter respostas concretas sobre suas reivindicações.
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